sexta-feira, 6 de agosto de 2010

4,5 milhões de pessoas ficam desabrigadas no Paquistão

As inundações que afetam o país a mais de uma semana, de acordo com dados da ONU, deixaram mais de quatro milhões e meio de pessoas desabrigadas e estima-se que o número de mortos possa superar 1.600.
Mais de meio milhão de pessoas da província de Sindh, no sul do país, foram removidas pelas autoridades paquistanesas, esta é a pior enchente em 80 anos. Com todos esses acontecimentos o presidente Asif Ali Zardari estava viajando pelo exterior, o que ocasionou revolta à população.
O presidente Zardari deixou o país no momento que o desastre atingiu vilarejos inteiros, matando mais de 1.600 pessoas e deixando milhões de desabrigados para realizar uma visita oficial a Europa. Uma atitude que pode vir a prejudicar sua carreira política.
A enchente continua subindo e pode causar mais danos até sábado, quando chegará a Sukkur, segundo o meteorologista Hazrat Mir.
"As chuvas de monções continuam a cair e pelo menos 11 distritos estão sob risco de inundação em Sindh, onde mais de 500 mil pessoas foram realocadas para lugares mais seguros. A remoção ainda continua, com base em alertas do Departamento Meteorológico", afirmou o escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários.
De acordo com as autoridades de Sinhd, a retirada da população está sendo dificultada pelas condições traiçõeiras do tempo e que a maioria não quer deixar suas casas. Os prejuízos são incalculáveis, mas a imundação trará graves consequências econômicas, cerca de 526 mil hectares de plantações foram destruidos só no Punjab.
Com toda essa tragédia, o país deverá importar mais algodão para sua indústria textil e mais açucar e terão que reduzir sua exportação de arroz.
Os EUA liberaram 20 milhões de dólares para a verba emergencial paquistanesa, além de enviarem helicópteros, geradores, água, pontes temporárias e mais de meio milhão de refeições "halal" (que seguem os preceitos muçulmanos).

Fonte:g1.globo.com Foto:Reuters

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